Na primeira atividade de sexta-feira, Kristinn Hrafnsson, Ignácio Ramonet e Luis Nassif falaram sobre o papel das novas mídias.
Hrafnsson desmentiu as notícias de que o Wikileaks acabaria; na verdade, a organização está organizando uma plataforma própria para receber doações, isso aconteceu porque empresas como Visa e PayPal estão boicotando o Wikileaks. Decepcionado com o fato de a mídia tradicional ceder a pressões pela não publicação de informações. Para Hrafnsson, uma alternativa é uma ação conjunta com a blogosfera.
Para Ramonet, a mudança nas formas de acessar e de produzir informação é comparável ao início da imprensa com Gutemberg. A perda do monopólio da informação deixou os meios de comunicação tradicionais sem saber qual sua função nesse novo panorama. Ramonet também destaca outros dois aspectos. Primeiro que o papel do jornalismo deve ser de ajudar a compreender o mundo; segundo que nem todo blogueiro é revolucionário, pois há muitos deles que estão a serviço do poder econômico.
Nassif, falou sobre a relação da imprensa com o capital financeiro no Brasil, sobre a operação Satiagraha — um dos momentos em que a blogosfera respondeu às mentiras publicadas na grande mídia — e sobre a judicialização da censura — como forma de parar blogueiros.