Uso o Telegram desde fevereiro de 2014, quando o Facebook comprou o Whatsapp. Desde então, eu desconfiava que dessa compra não poderia resultar algo de bom para os usuários. Minha desconfiança se confirmou ao ouvir os primeiros relatos de pessoas conhecidas sobre anúncios no Facebook de produtos ou serviços sobre os quais elas tenham conversado com seus contatos no Whatsapp.
Infelizmente, ainda não pude desinstalar o Whatsapp do celular, porque isso depende mais das outras pessoas que de mim. Embora hoje a maior parte das minhas conversas individuais ocorram pelo Telegram, ainda há grupos no outro aplicativo dos quais participo.
Grupos em aplicativos de mensagens são um capítulo a parte. Via de regra, eu saio de qualquer grupo no qual eu seja incluída, principalmente quando não me perguntam se eu gostaria de participar. Na maioria dos grupos que saí, falava-se de qualquer assunto, menos o tópico principal a partir do qual o grupo fora criado. E qualquer grupo do qual participo tem as notificações silenciadas permanentemente, pois eu decido quando quero ou posso ler as mensagens.
Acredito que a popularidade do Whatsapp também está vinculada a promoções da Claro e da Tim nas quais o uso desse aplicativo não é contabilizado no consumo dos pacotes de dados móveis, em flagrante desrespeito ao Art. 9º do Marco Civil da Internet sobre a neutralidade da rede.[1]
Nesses quatro anos usando o Telegram, o aplicativo melhorou e ganhou funcionalidades. Várias delas são, na minha opinião, mais motivos para trocar o Whatsapp.
- É possível cadastrar um nome de usuário e compartilhá-lo na forma de um link, como t.me/usuario, para que pessoas possam conversar com você sem precisar informar o número do seu celular.
- Editar ou apagar mensagens de conversas ou grupos, mesmo que já tenham sido visualizadas.
- O conteúdo das mensagens é privado, elas não serão utilizadas para exibir propagandas para você em outros sites.
- A versão web funciona mesmo que o celular esteja desligado.
- Assistir vídeos do YouTube sem sair do bate-papo.
- Proteger o aplicativo com senha nas configurações de privacidade.
- “Conversar” consigo mesmo; bom para salvar anotações e links.
- Fixar conversas no topo da lista do aplicativo.
- Nos chats secretos, os “prints” da tela não funcionam, não é possível encaminhar mensagens e elas podem ter um tempo definido para ser removidas automaticamente após a visualização.
- Criar ou participar de grupos públicos ou privados.
- Bots para pesquisar conteúdo sem sair do aplicativo: @gif, @vid, @pic, @wiki, @imdb, @youtube, @foursquare.
- Bot de enquete, @vote, para facilitar votações nos grupos.
- Usuários podem criar novos bots, há uma API pra isso.
- Continuar ouvindo áudios mesmo acessando outro aplicativo.
- Dar play só uma vez para ouvir áudios enviados em sequência.
Além de ter tudo isso, o aplicativo do Telegram é mais leve que o Whatsapp.
Também criei um canal para informar sobre novas publicações no blog: t.me/tatianepiresblog.
[1] Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
É incrível como a propaganda (marketing) podem fazer as pessoas enxergarem um carro usando uma carroça (whatsapp), pois existem inúmeras limitações no mensageiro, o qual eu acredito que já tenha passado o tempo dele, pois hoje, todas as empresas falam em armazenamento em nuvem, enquanto o whats salva tudo na memória interna do aparelho, sem contar que todas as “melhorias” implantadas são puxadinhos para dizer o aplicativo tem tal função, e pra quem já usa o Telegram por exemplo, sabe que suas funcionalidades estão muiiiiito a frente do whats!
Usar o WhatsApp hoje, é insistir num aplicativo invasivo, obsoleto(carente de recursos), pesado, sem privacidade e engessado, pois totalmente dependente do aparelho celular.
Olá Tatiane,
Interessante, já tinha ouvido falar no aplicativo mas nunca tinha me interessado pelo mesmo. Vou dar uma experimentada.
Abraço!