Participação feminina nos espaços de tomada de decisões no esporte

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Tatiane Pires

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Nas últimas três Olimpíadas, Pequim (2008), Atenas (2004) e Sidney (2000), a participação de mulheres na delegação brasileira ficou próxima dos cinquenta por cento. Mas nem sempre a participação feminina foi igualitária entre os atletas brasileiros a disputar os jogos olímpicos. Em 1976, nos jogos de Montreal, havia 86 homens e apenas 7 mulheres. Em Moscou (1980) e Los Angeles (1984) eram 15 e 22 mulheres, respectivamente, em uma delegação com mais de cem atletas em cada olimpíada. Nos jogos de Seul (1988), Barcelona (1992) e Atlanta (1996), a participação feminina continuou a aumentar, até chegar ao patamar atual.

Por outro lado, a participação das mulheres nos cargos de direção em confederações esportivas e outros espaços de tomada de decisão no esporte ainda é restrito. Pesquisei no site do Comitê Olímpico Brasileiro pelos sites das confederações que integram o programa dos jogos olímpicos. Entre as confederações em que pude encontrar publicadas no site informações sobre a composição da diretoria, há pouca ou nenhuma participação de mulheres em muitas delas. Exceção para a Confederação Brasileira de Ginástica que tem grande participação de mulheres na diretoria.

Esse não é um fato observado apenas no Brasil. De acordo com o site Sydney Scoreboard, a média de participação de mulheres na direção de organizações esportivas é em torno de 20% do número de integrantes, com maior percentual para a Finlândia e menor percentual para África do Sul, 33,67% e 6,67%, respectivamente. O Brasil ainda não está nesse levantamento. Nas últimas décadas, nós, mulheres, conquistamos direitos e espaços; mas ainda há muito a conquistar, inclusive no esporte.

Publicado no blog centauromulher.com em 30/abril/2011.

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