Nos Estados Unidos e em outros países do hemisfério norte, é celebrado o Dia de Ação de Graças. No país do consumo, a sexta-feira seguinte a esse feriado ficou conhecida como Black Friday: dia de descontos nas lojas e que marca o início da temporada de compras para o Natal.
Segundo o iG Economia[1], este ano ocorre a terceira edição do Black Friday no Brasil e as projeções são de maior adesão dos comerciantes e de crescimento das vendas em relação ao ano passado. No comércio online, vários sites também anunciam promoções e descontos para esta sexta-feira, 23 de novembro.
Nos Estados Unidos, o Black Friday causa absurdos: de filas que começam a se formar nas portas das lojas na madrugada de quinta-feira à verdadeiras multidões de consumidores enlouquecidos causando tumulto nas lojas. Não estou exagerando quando falo sobre multidões nas lojas.
Em busca de aumentar as vendas, vale tudo, até importar datas estrangeiras. Campanhas como Shop Less Live More (Compre Menos, Viva Mais; no Reino Unido) e Buy Nothing Do Something (Não Compre, Faça Algo; nos Estados Unidos) também deveriam ser organizadas aqui. Em vez de ser “parte da festa”, o consumo desmedido incentivado nesta época do ano precisa ser rejeitado.