O sistema de transmissão por corrente, utilizado nas bicicletas atuais, teria sido idealizado por Leonardo DaVinci, segundo historiadores. Diversos modelos de duas e quatro rodas com outros mecanismos de transmissão foram desenvolvidos entre os séculos XV e XVI. No entanto, somente no início do século XIX, o desenvolvimento de diversos modelos começou a apontar na direção das bicicletas que conhecemos hoje.
Em torno de 1860, foi criado o velocípede, um modelo com rodas grandes e próximas, pneus feitos de borracha maciça, pedal na roda dianteira e selim posicionado mais para frente, próximo a roda dianteira. Ainda no século XIX, foram criados modelos com rodas menores que as utilizadas nos velocípedes, transmissão aplicada ao cubo da roda traseira e selim posicionado mais para trás, proporcionando melhor distribuição do peso; no entanto, sem o uso de pneus com câmaras de ar, pedalar nessas bicicletas ainda era um pouco mais difícil que em modelos anteriores.
No início do século XX, além de as bicicletas se tornarem mais seguras e baratas, adaptações no quadro permitiram que mais mulheres pudessem utilizá-las, isso porque o vestuário feminino da época consistia basicamente de saias e vestidos longos. Nos Estados Unidos e na Europa, as feministas da época consideravam as bicicletas verdadeiras “máquinas da liberdade”, pois permitiam que elas se deslocassem por maiores distâncias sem depender de outras formas de transporte, proporcionando uma independência desconhecida pelas mulheres daquele tempo.
As primeiras bicicletas chegaram ao Brasil em torno de 1900. Em 1945, a dificuldade de importação devido a 2ª Guerra Mundial, faz ter início a produção de peças em São Paulo. Atualmente, o Brasil é o 3º maior fabricante do mundo e conta com uma frota de 65 milhões de bicicletas, segundo informações da Abraciclo.
Publicado no blog centauromulher.com em 28/outubro/2010.